São Paulo, 8 de janeiro de 2001
Paulão,
usei uma expressão que é do seu costume para qualificar a sua mensagem de
Natal. É realmente EXCEPCIONAL!
Só acho que você não deveria ter se desculpado com as pessoas que já tinham
lido as mensagens de Jesus que você selecionou. Eu já as tinha lido (aliás, eu
já li a Bíblia inteira) e senti um enorme prazer em repetir esse ato.
É sempre bom relembrarmos as lições de Deus, pois nem sempre ou QUASE NUNCA as
colocamos em prática. Então, foi muito bom lê-las novamente, ainda mais com a
sua interpretação, que foi ótima!
Quando você falou sobre não julgar os outros, pensei que você ia transcrever
aquela passagem da Bíblia em que algumas pessoa queriam apedrejar uma
prostituta e Jesus disse: “Quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra”.
E a omissão de todos foi o que se seguiu… Eu acho que essa também é uma das
razões pelas quais não devemos julgar o próximo.
Qual é a moral que temos em dizer que alguém está errado ou se comportou mal se NÓS MESMOS fazemos as mesmas coisas, ou até piores? Isso tem a ver também com aquela passagem que
você colocou na carta em que Jesus fala da trave que nós temos nos nossos próprios olhos e que queremos antes limpar o alheio.
Bom, Paulão, quero terminar dizendo que adorei sua carta de Natal (você é um
cara muito especial, não só para mim, mas intrinsecamente, o seu ser, a sua
existência, a sua essência é muito boa), adorei seu cartão de Natal (mais uma
vez você me mandou um e eu não…) e que fui ao encontro do pessoal lá no
Itamarati, só que, quando cheguei, você tinha acabado de sair.
Um abração e continue sempre assim, cativando suas amizades, pois você só tem
a ganhar desse jeito (coletando tesouros no céu, hein!). Sempre quando lembro
de que gostaria de ter mais amigos, lembro de você e de como você trata os
seus. Nesse aspecto, VOCÊ É UM EXEMPLO PARA MIM.
Fraternalmente, um beijo.
Ronald.