Há tempo não escrevo a vocês.

Cartas

São Paulo, 26 de agosto de 2019

Caro(a)s amigo(a)s,

Há tempo não escrevo a vocês. Desde 2013 retomei o projeto do doutorado, que foi e é uma continuação do meu projeto pessoal de vida.  Seguindo o conselho de Nietzsche para aquele que quer escrever um texto, fiquei em um período de profunda introspecção. E assim o fiz, finalizando o texto no ano passado, 2016, quando terminei o curso e defendi a tese, tendo sido aprovado. Mas não paramos por lá. Vi que o texto escrito poderia contribuir para a sociedade, especialmente na hoje tumultuada relação homem/mulher. Tumultuada porque estamos vivendo uma quebra de paradigma. A igualdade, cada dia mais solidificada, trouxe às relações matrimoniais um ingrediente novo que precisa ser apurado. Os modelos de famílias de antigamente, que tinham como um de seus sustentáculos a desigualdade de gênero, não servem mais para a atualidade. Mas, não é por isso também que todos os valores antigos devem ser deixados de lado. A desigualdade deve ser deixada no passado, mas o respeito mútuo, o cavalheirismo masculino, o acolhimento feminino, enfim, outros valores devem ser mantidos, cultuados, e projetados para o futuro.

Se a milenar relação homem/mulher está sofrendo mutações, esta relação deve manter valores positivos do passado e modificar os que hoje não servem mais. E isso é um processo lento e muito particular de cada casal. Porém, não podemos deixar de admitir que a concepção de casamento da sociedade, e nos exemplos antigos que cada um tem dentro de sua família, contribuem para a formação da nova concepção que tende muito a respeitar, cada vez mais, a particularidade de cada casal.

Cada um tem o direito à felicidade.  E, no casal, as felicidades individuais muitas vezes se chocam com a felicidade coletiva. Mas, em muitas vezes, também são compatíveis e a sinergia da junção de dois, gera mais felicidade. A vinda de um filho, que é a coisa mais simples da humanidade, gera uma alegria que só é conseguida, na maioria das vezes, a dois. O êxtase produzido pelo amor doado e correspondido também só é possível a dois. Por outro lado, os sentimentos tenebrosos que acontecem na relação matrimonial só são possíveis a dois. O inferno e o céu estão acessíveis apenas por meio da outra pessoa. E a junção destes dois pode levar o ser humano à compreensão, ou melhor, a experiência do Absoluto.

E foi neste sentido que a tese de doutorado foi transformada ao longo deste último ano (de 2016 a 2017) em um livro que todos, de qualquer área, possam ler, compreender e quem sabe, até se beneficiar. O livro está sintetizado em 129 páginas, com alguns poemas, e de fácil leitura, intitulado “Direito, Casamento e Amor: O casamento, um caminho para encontrar o Absoluto”. Seu lançamento será no dia 7 de dezembro de 2017, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, e você está convidado (convite anexo) para, neste dia, tomar um vinho e cultuar o Absoluto.

Um abraço,

 

Paulo Thomas Korte

Last modified: 27/08/2019

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