Busque o equilíbrio.
Se estiver no caminho certo para encontrá-lo,
você fará circular melhor seus recursos materiais e espirituais,
ficará menos aborrecido com coisas bobas,
e será feliz.
Depois de encontrar o equilíbrio, será natural perdê-lo…
e começar tudo de novo.
Somente terá a condenação de Sísifo se não houver progresso.
Mas havendo progresso, o círculo de esforço vai diminuindo, pois diferentemente do personagem grego, não levamos apenas uma pedra até o cume da montanha.
Levamos várias.
E, embora a maioria das rochas roladas caia de volta ao pé da montanha, algumas conseguimos levar até o topo e passar para o outro lado. Isso é progresso!
E são justamente estas que nos dão mais coragem de descermos novamente e tentarmos fazer o mesmo com as outras, aliviando o esforço.
Por isso importante é não se esquecer das pedras que já foram levadas para o outro lado da montanha.
Mas não menos relevante, é não nos apegarmos a elas que já foram, uma vez que temos outras para fazer o mesmo percurso.
Há aqueles que nos jogam mais pedras para dificultar nosso caminho, incomodados pela nossa felicidade;
Outros que nos ajudam a levar as nossas, incomodados com nossa infelicidade.
E ainda aqueles que, acreditando em nossa capacidade, colocam as pedras exatas para aumentarmos a nossa musculatura no trajeto.
A sabedoria nos traz a capacidade de identificarmos estes três tipos de pessoas, todos mestres com métodos diferentes, e assim selecionarmos as pedras que queremos rolar.
Tolo o que rola todas as pedras que aparecem, como também aquele que não quer rolar nenhuma, ficando estático.
Pois, querendo ou não, o movimento, menor ou maior, não tem fim.
E, justamente por isso, o melhor é tentar fazê-lo com bom humor.
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